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Centro de Referência de Doença Falciforme atende mais de 230 mil pessoas em dois anos
Para celebrar a data, será realizada uma cerimônia no Centro na próxima quinta-feira, dia 13/03, às 10h, com a presença dos representantes da Secretaria de Saúde do Estado
Por Aelson Souza
11 de Março de 2025 às 14:25
O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF/Hemoba) completa dois anos de inauguração neste mês de março. Criado para ampliar e qualificar o tratamento para pessoas com doenças hematológicas benignas na Bahia, principalmente, com doença falciforme (DF), o Centro realizou 230.285 atendimentos no período.
Para celebrar a data, será realizada uma cerimônia no Centro na próxima quinta-feira, dia 13/03, às 10h, com a presença dos representantes da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), das associações dos pacientes e de entidades parceiras. Na oportunidade, o auditório da instituição receberá o nome do arquiteto Antônio Carlos Lima Nascimento, falecido em 2020 aos 68 anos, para homenagear o profissional que elaborou o projeto arquitetônico do CERPDF e alcançou destaque e reconhecimento por sua atuação na Arquitetura da Saúde na Bahia.
Foto: Thuane Maria/GOVBA
O Centro realiza atendimento ambulatorial nas especialidades de hematologia, gastroenterologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social e assistência farmacêutica. Possui uma agência transfusional e oferece doppler transcraniano, fundamental para diagnóstico precoce de alterações de vasos cerebrais relacionadas com o desenvolvimento de AVC.
Em relação à doença falciforme, o Centro acompanha cerca de cinco mil pessoas na capital e no interior, além de ser responsável pela assistência transfusional e farmacêutica, incluindo a dispensação de medicamentos de alto custo. A Bahia é o estado que apresenta a maior incidência de DF no país, uma vez que a população possui significativa miscigenação racial, com predomínio da etnia negra. Caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos que adquirem o aspecto de uma foice (falciforme), dificultando a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos.
Em colaboração com a Sesab, o Centro está realizando um censo para mapear o número de pessoas afetadas pela doença falciforme na Bahia, quantos estão em tratamento e quais regiões de saúde com maior prevalência. A iniciativa visa aprimorar o entendimento sobre a enfermidade no estado e, assim, possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas. Este projeto complementa a lista de notificação compulsória de casos de doença falciforme definida pelo Ministério da Saúde e promovida pela Superintendência de Proteção e Vigilância em Saúde (Suvisa) da SESAB, com a colaboração do CERPDF.
Fonte: Ascom/Hemoba DA REDAÇÃO: PORTO BRASIL FM -100.9