"Então, eles trocavam os votos por cargos. E o governo eleito, em troca, fornecia os instrumentos para que essa manutenção e essa influência sobre a política local se mantivesse. Que cargos eram esses? Eram indicação de delegados, indicação de juízes, nomeação em funções públicas. Então, os governadores garantiam o acesso à máquina, e em troca, a elite local oferecia os votos. E essa era a estrutura que mantinha essa população, mantinha o poder das elites locais e fazia funcionar o sistema coronelista", conta.
"E o que a gente percebe é que o século XXI rompe com essa estrutura oligárquica e vai se construir através de um novo padrão de comportamento eleitoral, sobretudo focada na defesa de uma agenda que buscasse superar as desigualdades sociais, no padrão de representação política, no comportamento eleitoral e na ascensão de um novo ciclo político que também coloca uma nova agenda em debate, em torno das questões envolvendo as políticas públicas. Buscando a inclusão, políticas de saneamento, infraestrutura, geração de emprego e essas transformações que a gente percebe em uma nova estabilidade em torno do voto", explica.
"O Nordeste tem um papel fundamental na política nacional, não apenas pela força de sua gente e de sua cultura, mas também pela capacidade de se unir em torno de um projeto comum de desenvolvimento. Como presidente do Consórcio Nordeste, sou enfático em afirmar que nossa região é a expressão maior dessa união. Estados que se articulam juntos, defendendo investimentos em infraestrutura, segurança, inovação, educação, saúde e na transição energética, que é um dos grandes desafios do nosso tempo, uma das grandes oportunidades da nossa região. O Nordeste é orgulho para o Brasil e continuará contribuindo de forma decisiva para um país mais justo, mais equilibrado e com oportunidade para todo o nosso povo", diz.