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Imagem: FOTOS: AELSON SOUZA CARDOSO - RÁDIO PORTO BRASIL FM -100.9
A exposição Tecituras das memórias afroindígenas, faz parte do projeto de mesmo nome realizado pelo coletivo Ybryda, coletivo de artistas indígenas e afroindígenas da região sul da Bahia
O projeto Tecituras das Memórias Afroíndigenas, foi realizado com recursos da política nacional mAldir Blanc (PNAB)
Por DA REDAÇÃO: PORTO BRASIL FM 100.9
16 de Outubro de 2025 às 13:25
A exposição Tecituras das memórias afroindígenas, faz parte do projeto de mesmo nome realizado pelo coletivo Ybryda, coletivo de artistas indígenas e afroindígenas da região sul da Bahia, que tem como objetivo a execução de projetos de arte, cultura e geração de renda para pessoas afroindigenas e LGBTQIAPN+ no território da Costa do “Descobrimento”. O coletivo surgiu de uma feira de arte multilinguagem com caráter híbrido. O projeto Tecituras das Memórias Afroíndigenas, foi realizado com recursos da política nacional mAldir Blanc (PNAB), por meio da prefeitura municipal de Porto Seguro, com apoio do Governo do Estado e do Ministério da Cultura.
E aconteceu durante os dia 1 a 14 de outubro, sendo coordenado pela artista Evelyn Emi (afroindígena pataxó), Emydyô (afrotupinambá) e por Lucas Alfaro. Tendo a exposição das obras dos artistas Emydyô, Ianina, Lucas Alfaro, Evelyn Emi, Simirã Pataxó, Marysol Costa e também artesanatos produzidas pela família ferreira e família Salles, moradores da TI de Coroa Vermelha. Além da exposição, o projeto contou com 8 oficinas ofertadas no Centro de Cultura, aberta para toda a comunidade, sendo elas: duas oficinas de pintura com geotinta e pigmentos minerais, ministrada pela Simirã Pataxó, duas oficinas de fotografia com o Lucas Alfaro, duas oficinas de encadernação artesanal com Jhonatan Almeida e duas oficinas de experiência do sensível com Orlean, que ensinou sobre a defumação com ervas de cura e com Lucas Ramos, ensinando malabarismos com bastões e bolinhas de malabares produzidas na oficina. No dia 9 de outubro foi realizada uma roda de conversa sobre Arte, Identidade e Ancestralidade que contou com a mediação da professora Martha Matos, que busca explorar o papel da arte na construção da identidade, em diálogo com a ancestralidade. O evento de encerramento do projeto aconteceu no dia 14 de outubro, às 16h e contou com a exposição das obras produzidas durante as oficinas e com a defesa de TCC da artista Evelyn Emi, graduanda em Licenciatura em Artes e suas Tecnologias, pela Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB, orientada pela professora Cinara de Araújo e tendo como integrantes da banca a professora Annaline Curado e Adriana Pesca (Hitxá Pataxó). O trabalho dialoga diretamente com a temática da exposição propondo um contraponto visual às narrativas hegemônicas, por meio da imagem e das grafias, como uma expansão narrativa que inscreve a história da comunidade e dos lugares, compondo um caminho poético e uma cartografia sensível da memória singular e coletiva.
Tendo como objetivo central analisar como esses saberes afroindígenas se inscrevem na subjetividade e na criação artística, a partir de um modo de conhecimento do mundo profundamente enraizado no afeto, na observação minuciosa do ambiente, na coletividade e na escuta dos mais velhos. Analisando como a memória, quando nutrida por essas raízes, transforma-se em uma ferramenta potente de cura, pertencimento e construção de novos futuros possíveis.