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Governo atrai para a Bahia incubadora de soluções para jornalismo negro, periférico e independente
A incubação dos projetos em jornalismo independente ocorrerá no Parque Tecnológico Bahia e a gestão administrativa ficará a cargo da
Por Aelson Souza
28 de Maio de 2025 às 13:54
A ação é fruto de esforço colaborativo entre a Secom da Presidência e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e será desenvolvido na Bahia com apoio da Secti
Incluir nas políticas digitais as vozes das periferias, das favelas e das mídias negras, que têm papel fundamental na democratização da informação. Este é o objetivo do projeto Incubadora de Soluções para o Jornalismo Periférico e Independente, lançado nesta segunda-feira (26) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O projeto será desenvolvido na Bahia graças à articulação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). A iniciativa contará com um investimento de R$ 15 milhões, viabilizado por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
A incubação dos projetos em jornalismo independente ocorrerá no Parque Tecnológico Bahia e a gestão administrativa ficará a cargo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI). O projeto foi lançado durante a abertura do 15° Fórum de Internet do Brasil (FIB), atividade preparatória para o Fórum de Governança da Internet, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre as tarefas do processo de incubação, constam um programa de pesquisa, análise e oferta de recomendações de políticas públicas para desenvolvimento e oferta de tecnologias, modelos de negócio, conhecimento e infraestrutura para micro, pequenas e médias iniciativas jornalísticas, sejam elas entidades privadas e/ou do terceiro setor, e seus fornecedores nacionais.
Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Joazeiro, a chegada do projeto à Bahia reflete o alinhamento entre inclusão, inovação e política pública. “A SEI tem expertise na produção de diagnósticos estratégicos e a Secti entra com a base tecnológica e articulação institucional necessárias para dar suporte à iniciativa. O primeiro passo é mapear as mídias negras e independentes e, a partir disso, conectar com as universidades e acionar a nossa Agência de Inovação, a DOM. Começar pela Bahia tem um peso histórico, somos um estado que já trabalha com recorte racial nas políticas públicas. Fazer formação, desenvolver tecnologia e preparar essas iniciativas para o mercado é exatamente o que fazemos nos parques tecnológicos. Foi uma articulação para unir esforços e fazer acontecer”, afirma.
A superintendente de Inovação da Secti, Emmeline Oliveira, destaca a importância do projeto no combate à desigualdade no acesso à informação. "Cinco em cada dez municípios brasileiros ainda vivem em desertos de notícias, territórios onde o acesso à informação jornalística local é escasso ou inexistente. Este projeto surge para fortalecer mídias negras, indígenas, periféricas e populares, promovendo a sustentabilidade desses veículos e garantindo que a informação de qualidade alcance todas as comunidades. Ao incentivar esse ecossistema, contribuímos para a redução da desinformação e para o fortalecimento da cidadania e da democracia”.
O projeto integra o Plano Nacional de Comunicação para a Igualdade Racial. A ação é fruto de esforço colaborativo entre a Secom da Presidência e o Ministério da Igualdade Racial (MIR). Além da Incubadora de Soluções para o Jornalismo Negro, Periférico e Independente, a iniciativa contempla também recomendações para combater o racismo no ambiente digital e a criação de um banco de imagens com diversidade e pluralismo. FONTE:GOVBA Foto: Ascom/Secti DA REDAÇÃO: PORTO BRASILFM -100.9